Eu estou consciente e tenho o poder de pensar como eu quero. Tenho o direito de pensar no que eu quero para o meu próprio bem. Eu tenho e posso impor ao meu mundo interior tudo aquilo que eu quiser. E quero me sintonizar com o melhor. Esqueço, a partir de agora, a pessoa que eu fui, sobretudo meus vícios de pensamentos. Penso apenas na paz. Penso nela, permitindo que seu perfume toque minha aura e atinja todas as áreas da minha vida, todos os cantos do meu corpo. Penso na paz com uma mensagem de ordem e equilíbrio perfeito. Deixo fluir na minha cabeça a consciência do 'eu posso'. Eu posso estar na paz. Impor essa paz é praticar o meu poder pessoal com responsabilidade divina, obtida por herança natural. O melhor para mim é um grande sorriso no peito. É a felicidade barata e fácil a que tenho direito. É tão simples pensar que o melhor está em mim! A beleza está em mim. A suavidade está em mim. A ternura, o calor, a lucidez e o esplendor das mais belas formas do universo estão em mim. Aí eu me abro inteira, viro do avesso e sinto que não há fronteiras nem barreiras para mim. Sinto que o limite é apenas uma impressão. Sinto que cada condição foi apenas a insistência de uma posição. Sinto que sou livre para deixar trocar qualquer posição por outra melhor. Sou livre para descartar qualquer pensamento ruim, qualquer sentimento ou hábito negativo, qualquer paixão dolorosa. Porque eu sou espírito. Sou luz da vida em forma de pessoa. Ah, universo, eu estou aberta para o melhor para mim. Eu sei que muitas vezes sou levada por uma série de pensamentos ruins. Mas é porque eu não conhecia a força da perfeição. Eu não conhecia a lei do melhor. Agora eu me entrego, me comprometo comigo, com o universo e contigo. Vou manter a minha mente aberta. Esse momento me desperta, me traz a inspiração ao longo do dia onde se efetiva a luz que irradia para quem insiste no próprio aperfeiçoamento. Não quero pensar nas minhas fraquezas. Quero olhar bem fundo nos meus olhos e ver como eu sou bonita, como fiz e faço coisas maravilhosas e como o meu peito está cheio de vontade. Eu assumo a responsabilidade sobre essas vontades e me projeto com força nessa identidade de saber que eu posso, sim, fazer o melhor. Despertar o meu espírito é viver nele. É ter a satisfação de ser eu mesma. É poder ser original, única, pequena e grande ao mesmo tempo. Sei agora que o melhor está a meu favor. Meu sucesso, aliás, é o sucesso de Deus que se manifesta em mim como pessoa em transformação. Eu sinto como se tivesse sentado nessa cadeira da solidez universal porque eu estou no meu melhor. Porque sou o sucesso da eternidade, porque estou há milhares de anos seguindo e não fui destruída. Porque o universo garante. Grito dentro de mim mesma: de todas as coisas da vida, o melhor ainda sou eu. O melhor sou eu! Vida que segue "A vida só pode ser compreendida olhando-se para trás; mas só pode ser vivida olhando-se para frente". (Sören Kierkegaard) Há alguns anos perdi meu pai, vitimado que foi por um câncer nos pulmões. Logo ele, não fumante e sem qualquer indício clínico de enfermidade. A doença evoluiu silenciosa, sendo diagnosticada tardiamente, já em fase de metástase. Lutamos bravamente por quatro longos e intensos meses, com uma esperança incontestável. Ao final, restou-nos o consolo de que seu sofrimento fora breve. Não estamos habituados a perdas, sejam elas materiais ou não. Querer e não poder é desagradável, mas ter e perder é doloroso. Isso vale para dinheiro no bolso, um cargo executivo, uma partida jogada ou um amor que se despede. Contudo, o fato é que no decorrer de nossas vidas, na medida em que amadurecemos, acumulamos conquistas e desilusões. E a experiência nos ensina a capitular de cabeça erguida, a aceitar algumas derrotas sem arquear os ombros, a sofrer com sabedoria. Aprendemos que somos capazes de caminhar sem pernas e voar sem asas. Meu pai faleceu em um dia 21 de novembro. Foi sepultado no dia 22 e, na manhã seguinte, minha filha Liz nasceu. Em menos de 48 horas convivi com a tristeza e a alegria, a dor e o deleite, o choro e o riso. Em seus últimos meses, meu saudoso pai fez questão de me presentear com mais alguns ensinamentos. Assim, quando já debilitado fisicamente não mais conseguia caminhar com suas próprias pernas, e eu tinha que ampará-lo, era como se prenunciasse os dias futuros em que ensinaria minha filha a caminhar. Também tive que ajudá-lo a tomar banho, assear-se, vestir-se e alimentar-se, tal como faria dias depois com um recém-nascido. Disse Vinícius de Moraes:"Para isso fomos feitos: para lembrar e ser lembrados; para chorar e fazer chorar; para enterrar nossos mortos. Por isso que temos braços longos para os adeuses, mãos para colher o que foi dado, dedos para cavar a terra...". Vida que parte, vida que chega, vida que segue. por Tom Coelho (Às Portas dos Campos Elíseos) Querido, há um caminho que se abre agora à sua frente... É uma passagem luminosa para os Campos Dourados da Paz, aberta por obra e graça de Almas Livres, tranquilas e generosas, que ajudam a todos os seres. A dor se foi, ficou lá embaixo, na lama escura. É hora de recomeçar, em outras condições, e de ver as flores desabrochando nos Campos Dourados. Enquanto flutua na Luz e se cura, por favor, deixe-me compartilhar esse momento com você. Enquanto você ascende para o Céu, deixe-me embalar o seu voo com uma canção. De coração a coração, que ela seja a trilha sonora de sua libertação. Vamos viajar juntos, unidos na mesma canção, na Luz... * * * "Esse é o caminho que sempre sonhei, para a Luz... Ah, os Campos Elíseos (1) são dourados! E, agora eu sei, o meu coração também. Depois de tanto tempo, alguém canta para mim. E eu sinto meus irmãos e meus pais me esperando no Campo Dourado. Flutuo na Luz, no meu caminho, embalado pela canção. Agora eu sei: sou muito amado! E minhas lágrimas não são mais de dor e raiva, são de Luz. No meu caminho dourado eu vejo os meus pais e meus irmãos, todos de branco, saudando-me alegremente. Eles cantam para mim! Eles celebram no caminho que sempre sonhei, para a Luz... Ah, os Campos Elíseos são dourados! E, agora eu sei: o meu coração também. É chegada a hora do reencontro. É o momento de voar na canção, pelo meu caminho dourado. É hora de abraçar meus pais e meus irmãos, como sempre sonhei, na Luz... Esse é o meu caminho dourado... Nele eu voo, para a Luz..." (Essas linhas são dedicadas, com admiração profunda, àquelas almas livres, tranquilas e magnânimas, que, como a primavera, fazem bem a todos. Aquelas consciências maiores, anônimas e serenas, que abraçam a humanidade em silêncio, e que inspiram as canções, de alma para alma, abrindo corações e portais luminosos na senda do Amor incondicional. Ah, essas almas livres, que ajudam invisivelmente os homens na longa travessia das existências seriadas na carne... E elas fazem isso somente por sua própria natureza bondosa, sem jamais esperar qualquer reconhecimento - nem exaltação ou devoção de ninguém. O que as move é o Amor... Sim, aquele Amor que não se explica, só se sente, só se sente, só se sente...) Paz e Luz. - Wagner Borges - mestre de nada e discípulo de coisa alguma. P.S.: Hoje é noite de segunda-feira de carnaval aqui no Brasil. Fiquei esses dias de folga em casa, pois a Maria Luz, minha filha caçula, não quis viajar para um sítio comigo. Então fiquei vendo alguns filmes com ela, lendo e escutando música, bem largado mesmo. Mas sem descuidar do lado espiritual. Enquanto a menina assistia à TV na sala, recolhi-me no quarto para ler e escutar música. Coloquei para rolar no som um CD da cantora americana Singh Kaur, peguei um livro e sentei-me no sofá do quarto. Após ler um pouco, fechei os olhos e fiquei apreciando as canções que ouvia. Embalado pela beleza delas, fiz uma pequena meditação e pulsei Luz nos meus chacras (2), de forma carinhosa, contente de estar ouvindo tal maravilha e em paz comigo mesmo. Em dado momento, percebi uma presença extrafísica no ambiente. Era um dos amparadores do grupo extrafísico dos Iniciados (3). Ele estava situado à minha esquerda. Ao mesmo tempo, eu percebia, pelas vias da clarividência (4) - na tela mental frontal interna -, um homem que flutuava em frente a um portal extrafísico luminoso. Ele havia "descascado" e os amparadores estavam dando-lhe assistência na hora da passagem para o "lado de lá". Contudo, como sofrera muito em vida, ele estava muito machucado emocionalmente, e isso poderia densificar suas energias e atrapalhar o processo de seu desligamento do físico. Ou seja, ele precisava largar o peso emocional, para poder passar tranquilo para outras esferas de consciência, no extrafísico. Então, como em outras oportunidades, o amparador me pediu para conversar mentalmente com o cara - para passar um pouco de carinho e confiança na sua travessia interplanos. E aí, rolou o lance de oferecer uma canção para ele. Enquanto a Singh Kaur cantava, eu escrevia uma canção nas páginas do livro que lia antes, para a mesma viajar por entre as esferas da vida, de coração a coração, passando carinho e confortando alguém em seu momento dourado, de volta para casa extrafísica. E ele foi embora, na Luz... Para abraçar seus pais e seus irmãos nos Campos Dourados. E eu fiquei aqui, maravilhado com tudo: a voz da Singh Kaur, a passagem luminosa do cara, a canção que escrevi e a assistência espiritual dos amparadores. Muitas vezes, não basta somente emanar energias, é preciso abrir o coração e passar calor humano, de forma suave, compreendendo o momento do outro e respeitando-o como Ser de Luz. Depois de tantos anos de estrada com os amparadores extrafísicos, em muitos lances de esclarecimentos e assistência espiritual, dentro e fora do corpo (5), posso dizer que não há uma forma padronizada de atuação nesses trâmites interplanos. Uma hora você vira um sol e emana energias, como uma verdadeira usina anímico-mediúnica; outra hora, você conversa e esclarece; em outros momentos, é só a ação sutil das Almas Livres passando pelo seu coração em silêncio; às vezes, você voa; outras, você abraça e escuta com respeito, sentindo a dor do outro em si mesmo; e, como na noite de hoje, você escreve uma canção e oferece ao coração de alguém num momento vital. E, no final das contas, é você mesmo o principal beneficiado, pois teve a chance de vislumbrar o que rola em outras esferas e ainda ficou feliz, mais uma vez, de ver que a vida continua. E de quebra, ainda ficou com a canção, para compartilhá-la com outros por esse mundão de Deus. Nessas horas eu me lembro tanto dos amigos da humanidade: Krishna, Jesus, Buda, Babaji, Mataji, Xandra, Rama, Lao-Tzé, dentre tantas outras consciências maravilhosas que ajudam a humanidade invisivelmente. E, aí, o meu coração se derrete de Amor, e as palavras desaparecem. Só fica o Amor, que não se explica, só se sente, em Espírito e Verdade. Com o coração cheio da primavera do Amor, abracei minha filha, enquanto agradecia ao Todo (6), por tudo. Ah, aquelas Almas Livres (7), tranquilas e magnânimas, que, como a primavera, fazem bem a todos... - Notas: 1. Campos Elíseos - os antigos gregos assim denominavam o Paraíso, o lugar celestial destinado às almas virtuosas. Segundo a lenda, corria por seus campos extrafísicos o rio Leteu, cujas águas faziam esquecer as amarguras da vida. 2. Chacras - do sânscrito - são os centros de força situados no corpo energético e que tem como função principal a absorção de energia (prana, chi) do meio ambiente para o interior do campo energético e do corpo físico. Além disso, servem de ponte energética entre o corpo espiritual e o corpo físico. 3. Amparador - entidade extrafísica e positiva que ajuda o projetor nas suas experiências extracorpóreas; mentor extrafísico; mestre extrafísico; companheiro espiritual; protetor astral; auxiliar invisível; guardião astral; guia espiritual. <br> Obs.: Os Iniciados - grupo extrafísico de espíritos orientais que opera nos planos invisíveis do Ocidente, passando as informações espirituais oriundas da sabedoria antiga, adaptadas aos tempos modernos e direcionadas aos estudantes espirituais do presente. Composto por amparadores hindus, chineses, egípcios, tibetanos, japoneses e alguns gregos, eles têm o compromisso de ventilar os antigos valores espirituais do Oriente nos modernos caminhos do Ocidente, fazendo disso uma síntese universalista. Estão ligados aos espíritos da Fraternidade da Cruz e do Triângulo. Segundo eles, são "iniciados" em fazer o bem, sem olhar a quem. 4. Clarividência - do latim, clarus - claro; videre, ver - é a faculdade perceptiva que permite ao indivíduo adquirir informações acerca de objetos, eventos psíquicos, cenas e coisas, físicas ou extrafísicas, através da percepção parapsíquica de imagens ou quadros mentais. 5. Projeção da consciência - é a capacidade parapsíquica - inerente a todas as criaturas -, que consiste na projeção da consciência para fora de seu corpo físico. Sinonímias: Viagem astral - Ocultismo. Projeção astral - Teosofia. Projeção do corpo psíquico - Ordem Rosacruz. Experiência fora do corpo - Parapsicologia. Viagem da alma - Eckancar. Viagem espiritual - Espiritualismo. Viagem fora do corpo - Diversos projetores extrafísicos e autores. Emancipação da alma (ou desprendimento espiritual) - Espiritismo. Arrebatamento espiritual - autores cristãos. 6. O Todo - expressão hermética para designar o Poder Absoluto que está em tudo. O Supremo, O Grande Arquiteto Do Universo, Deus, O Amor Maior Que Gera a Vida, O Amor Que Ama Sem Nome. Na verdade, O Supremo não é homem ou mulher, mas pura consciência além de toda forma. Por isso, tanto faz chamá-Lo de Pai Celestial ou de Mãe Divina. Ele é Pai-Mãe de todos. 7. Sobre as Almas Livres, favor ver o texto "Lembrando as Almas Livres - II", postado no site do IPPB - www.ippb.org.br - no seguinte endereço específico: http://www.ippb.org.br/index.php?option=com_content&view=article&id=10619:1132-lembrando-as-almas-livres-ii&catid=31:periodicos&Itemid=57 Obs.: O livro que eu lia na hora do lance é o excelente "Sons Que Curam" - do médico americano Mitchell L. Gaynor - Editora Cultrix -, sobre relaxamento, terapias holísticas sonoras, e de como os pensamentos e as emoções afetam a saúde do corpo. E o CD da Singh Kaur que rolava no som é o "Song Of The Lord's Love" - trabalho importado, cheio de canções inspiradas. Uma delas se chama "Fly Way", e poderia ser correlacionada com esses escritos daqui. Para mais detalhes sobre esse CD, favor acessar o site americano do Spirit Voyage, no seguinte endereço específico: http://www.spiritvoyage.com/searchNew_2012.aspx?&type=13&searchStr=singh+kaur&cat=All%20Items Outros trabalhos dela podem ser conseguidos aqui no Brasil mesmo, em São Paulo, na Associação Cultural Instituto de Kundalini Yoga - Kundal -, situada no bairro de Moema. Para mais detalhes, favor acessar o site da Kundal, no seguinte endereço específico: http://www.kundalyoga.com.br Em tempo: Enquanto eu passava essas linhas a limpo, lembrei-me de um texto antigo, postado pelo site do IPPB no ano de 2003. Talvez sua leitura complemente alguma coisa nesse texto de agora. Então, reproduzo o mesmo na sequência. E ME VEJO A PENSAR...* E me vejo a pensar num Amor que não sei explicar. E me vejo a sentir, algo rosa chegando. E vejo sem ver, algo que os olhos não alcançam. Algo rosa está chegando! E surge uma flor de lótus rosada na minha testa, E a onda de Amor desce e se instala ali. É uma Flor-Sol rosada! E me vejo a sentir uma segunda flor rosada no centro do umbigo E sinto a alegria descendo e se instalando ali. E me pego rindo não sei do quê. E vem uma terceira flor rosada no centro do peito. E me vejo a sentir as ondas espirituais do céu chegando no coração. E os olhos brilham vendo algo sem ver, em meio ao rosa. E uma quarta flor rosada floresce no meio do alto da cabeça. E me vejo a sentir uma coluna de Luz rosa descendo do céu do Amor. No céu da mente e no céu do coração. E tudo fica rosado, a mente, o coração e o corpo! E me vejo a pensar, nesse Amor que não sei explicar, só sentir! E me pego tentando escrever sobre o Rosa-Amor que desceu aqui. E que apenas me ordenou: "Vive, cresce, ama, ri e segue..." Paz e Luz. Wagner Borges - eterno neófito do Todo. - Notas: * Esses escritos foram feitos de improviso no quadro de aula do salão do IPPB, diante da turma de 88 alunos do curso de Bioenergia, Aura e Chacras. Se o leitor prestar bem atenção, perceberá que se trata de uma visualização criativa para equilíbrio dos chacras frontal, umbilical, cardíaco e coronário. Logo após a turma copiar o que escrevi no quadro, realizamos, juntos, essa visualização e o efeito foi muito legal para todos. Registro aqui a presença dos amparadores da equipe extrafísica de Ramatís, que me intuíram a respeito dessa prática iogue. Enquanto digitava essas linhas, lembrei-me do que um amparador extrafísico comentou, ao fim de uma reunião no IPPB, três dias antes: "Amor em ação, luz nas mãos. Mente aberta, idéias arejadas. Coração limpo de ódio, alma acesa. Na voz do silêncio, o som de Deus!" Obs.: A prática de visualização de flores nos chacras é uma prática ancestral dos iogues hindus. Para enriquecer o tema, reproduzo logo abaixo um trecho que traduzi de um clássico hinduísta contendo uma prática ensinada por Krishna. BAKTI-YOGA* Sentado em posição cômoda, com o corpo ereto, coloque suas mãos sobre os quadris e direcione os seus olhos para a ponta do nariz. Pratique o pranayama, aspiração, retenção e expiração, para purificação dos nervos. Depois, concentre os sentidos e a mente com grande paciência e perseverança. Medite sobre a palavra OM, recitando-a em seu interior como se fosse o contínuo repique de uma campainha. Pratique o pranayama unido ao OM dez vezes ao dia, e assim obterás o controle do prana. Imagine um lótus dentro de seu coração, com as pétalas apontando para baixo, e correndo por ele o sushumna. Agora pense que as pétalas apontam para cima e que a flor está completa. Veja, no coração da flor, o sol, a lua e o fogo, um dentro do outro. Depois, trate de ver dentro do fogo a forma benigna de seu Ishtam. Medite sobre ele como a Causa Suprema do universo, e por último, sobre a unidade do Ser com Deus, a única existência. Com tal mente o homem pode perceber a minha presença no interior dele mesmo. Tudo é luz! Por Krishna (Texto extraído do livro "Srimad Bhagavatan - As Sagradas Escrituras Védicas" - Ed. Edicomunicacion - Espanha). - Nota: * Esse texto está contido no capítulo XI do Srimad Bhagavatan, uma das obras clássicas do Hinduísmo, de cerca de 2000 a.C. - Trata-se de uma série de lições e práticas espirituais passadas por Krishna ao seu discípulo-arqueiro Arjuna. Obs. Segue-se abaixo a explicação sobre alguns termos do sânscrito usados nessa tradução: - Bhakti - devoção. - Pranayama - prática respiratória para o domínio bioenergético. É o quarto passo na senda dos oito aforismos preconizados por Patanjali, o grande codificador do Yoga. - OM - O Verbo Divino - também conhecido como Pranava ou Shabda -, a vibração do Todo em tudo. - Prana - sopro vital; energia. - Sushumna - é o nádi - conduto sutil de transporte de energia pelo corpo energético - central que passa pelo centro da coluna e pelas raízes dos chacras, verdadeira avenida vibracional por onde ascende a kundalini nos processos de ascensão espiritual. - Ishtam - é o Ser Divino escolhido como alvo mental da meditação do aspirante espiritual. por Wagner Borges Em tempos difíceis como este que estamos vivendo, é muito comum a gente se sentir sozinho, depressivo, mal-amado. Foi pensando nisto que comecei a perceber o quanto, imersos em nossos pensamentos, deixamos de perceber o que se passa em torno de nós, no pano de fundo de nossas vidas... Será que já ouviram, hoje, o canto dos pássaros, aí onde se encontram? Por que eles cantam tanto e de forma tão harmoniosa? Certamente, estão equilibrando as energias planetárias. Já olhamos para os canteiros de plantas que encontramos em nossos caminhos? Elas estão também trabalhando... sem cessar. Perfumando a atmosfera, trocando gás carbônico por oxigênio, trazendo para nós o verde e todas as outras cores que alegram os nossos dias. Quantas vezes lembramo-nos de olhar para o céu? Por que será que ele é tão azul? Tão pacificador, com nuvens que vão e vêm, num ritmo incessante, num belo bailado, formando figuras que se mostram e depois se desfazem. Tenho a impressão que cumprem o seu papel, limitando o nosso campo visual de forma harmoniosa, bela. À noite, olhamos para o céu, procurando as estrelas que brilham e enfeitam o infinito? Como está a lua, hoje, em que momento de seu ciclo? E o sol, lindo quando se põe e deslumbrante quando chega a este lado de nosso planeta, está também sendo esquecido por nós? Tudo à nossa volta respira, doa-se, troca energia com todos e tudo, sem palavras, mas com verdade. A natureza não precisa de palavras para nos saudar e mostrar que ama, que é expressão divina. Mesmo quando se enfurece e causa destruições, certamente, está cumprindo seu papel naquele momento. Estamos num ninho amoroso que nos acolhe e nos abençoa sempre, não importa onde estejamos. Se aprendermos a prestar mais atenção ao que nos cerca, nos sentiremos muito acompanhados e poderemos também, de forma mais consciente, colaborar para todo este espetáculo belíssimo que se chama Vida! As palavras, muitas vezes, atrapalham a nossa expressão. Os animais domésticos, por exemplo, dizem que nos amam, sem que emitam uma só delas. Sentimos que o amor está presente naquela relação e isto nos basta e nos preenche. Assim deveriam ser as nossas relações com as pessoas também. Para que tentar explicar o que é tão bonito e forte, quando sentido? Sentindo, a gente alarga canais sutis que temos em nós e que nos levam a alturas incríveis e muito especiais. O coração nos abre as portas da intuição e ela nos toma, preenche-nos de uma certeza enorme, que não sabemos como explicar, mas que não exige quaisquer explicações... Como os pássaros, vamos aprender a voar! Nas asas dos sentimentos sutis e diáfanos, no contato com a dignidade incrível das árvores, com a beleza das flores, com a magnitude do mar, com a sedução da lua, com a energia do sol! Podemos escolher viver aqui, sem sermos apenas daqui... Estarmos no mundo material, sem sermos apenas matéria - como nos ensinou Jesus, nosso Mestre amado e sempre atual. Façamos a nossa parte, onde estivermos. Mas é preciso que fiquemos atentos ao que se passa em torno de nós, no próprio desenrolar da vida que vai acontecendo, olhando e agradecendo a tudo e a todos pela grande contribuição que nos estão dando, muitas vezes sutilmente... Um olhar amoroso, um alô amigável, uma palavra encorajadora, um telefonema carinhoso, um silêncio cúmplice, uma rajada de vento levando pra longe o calor, o próprio respirar da Terra que propicia o nosso sustento. Vamos ser gratos, por tudo! Não se esquecendo de nada. Do ar que respiramos e que nos permite sobreviver. Da água que nos lava, que a tudo limpa, que está em nós e em tudo em torno de nós. Não, nunca estamos sós! Nunca deixamos de estar vivos, mesmo quando desencarnamos... Só existe vida! E Vida é Amor! É uma visão de realidade, a que estou descrevendo aqui. Não é um sonho... Ilusão é o que parece diferente disto que procurei mostrar. Obrigada, Pai, pela maravilhosa oportunidade de viver. |
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